Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação? (ENEM 2004 - 2º SE
- Redação Solidária
- 14 de abr. de 2020
- 6 min de leitura
O jornalista entra na favela acompanhado de seu “cameraman”, o tiroteio acabou de acontecer, uma criança foi baleada, está morta, a notícia vai ser dada à família. Pela polícia, pelo assistente social? Não! Pelo repórter, ao vivo, em primeira mão para todos os telespectadores. Histórias como essas acontecem frequentemente por conta de programas sensacionalistas, que em busca de maior audiência ultrapassam o limite entre a informação e a intimidade das pessoas. A partir desses acontecimentos surge o questionamento: até que ponto deve chegar a liberdade de expressão da imprensa e quais os meios para impedi-la de ultrapassar certos limites?
De início é importante entender de que maneira a Constituição Brasileira abre espaço tanto para a defesa da liberdade de expressão das mídias quanto para a condenação dos abusos nos meios de comunicação. Segundo a constituição de 1988 através do artigo 5º, a liberdade da atividade de comunicação é livre e, também, a vida privada não pode ser violada. Vê-se, portanto, que um mesmo artigo libera e delimita o trabalho midiático, fato que mostra a necessidade da ética dos profissionais desse meio, que precisam colocar o respeito ao ser humano acima da produção de conteúdo.
No Brasil, um dos órgãos responsáveis pela regulamentação da imprensa é o Observatório da Imprensa, mas assim como muitas outras instituições, para que o seu trabalho seja efetivo, é necessário que a população denuncie e pare de consumir certos tipos de notícia. Estudos como o de Adorno e Horkeimer sobre a indústria cultural nos revelam como os meios de comunicação podem alienar toda uma sociedade, exemplo notório são as reportagens sensacionalistas que têm o poder de deixar seu público em pânico ou até com ódio de certos grupos através da distorção de informações para que uma certa versão dos fatos seja vendida.
Infere-se, portanto, que a liberdade de expressão da imprensa deve ter limites e respeitar os preceitos de vida privada presentes na Constituição. Os meios de impedir que esses limites sejam ultrapassados dependem de uma relação entre os órgãos fiscalizadores e a população, onde esses órgãos tornem-se mais acessíveis às pessoas, seja através de um site ou de um número de telefone onde denúncias de abuso dos meios de comunicação possam ser relatadas. Outro modo seria as redes sociais como o “Facebook” e navegadores como o “Google” também aceitarem denúncias de seus usuários e retirarem essas notícias de circulação de suas plataformas. Só assim, o verdadeiro papel da mídia será preservado: transmitir informações relevantes para a sociedade de maneira imparcial e esclarecedora.
O jornalista entra na favela acompanhado de seu “cameraman”, o tiroteio acabou de acontecer, uma criança foi baleada, está morta, a notícia vai ser dada à família. Pela polícia, pelo assistente social? Não! Pelo repórter, ao vivo, em primeira mão para todos os telespectadores. Histórias como essas acontecem frequentemente por conta de programas sensacionalistas, que em busca de maior audiência ultrapassam o limite entre a informação e a intimidade das pessoas. A partir desses acontecimentos surge o questionamento: até que ponto deve chegar a liberdade de expressão da imprensa e quais os meios para impedi-la de ultrapassar certos limites?
Comentários específicos:
Alusão genérica, sem nenhum de comprovação científica de que isso ocorra. Sugiro que ao fazer alusões desse jeito utilize casos conhecidos para dar um melhor embasamento.
Não há nada que proíba perguntas na introdução, mas não recomendo utilizar esse método na redação no Enem, visto que, há chances de se perder no texto. Além disso, não consegui identificar qual a tese apresentada, algo essencial para introdução.
Comentário geral:
A introdução deve apresentar a tema expor qual o posicionamento do autor. Nesse texto, essas funções não foram totalmente contempladas.
Sugiro, ainda, que logo na introdução deixe claro qual é o seu posicionamento, você defende ou não a limitação da liberdade da imprensa ?
Além disso, há presença de períodos longos, recomendo que no máximo use períodos de três linhas.
De início, é importante entender de que maneira a Constituição Brasileira abre espaço tanto para a defesa da liberdade de expressão das mídias quanto para a condenação dos abusos nos meios de comunicação. Segundo a constituição de 1988 através do artigo 5º, a liberdade da atividade de comunicação é livre e, também, a vida privada não pode ser violada. Vê-se, portanto, que um mesmo artigo libera e delimita o trabalho midiático, fato que mostra a necessidade da ética dos profissionais desse meio, que precisam colocar o respeito ao ser humano acima da produção de conteúdo.
Comentários específicos:
O primeiro período dos parágrafos de desenvolvimento deve resumir o que vai ser discutido nesse parágrafo. Desse modo, é uma das formas, de mais uma vez, deixar claro o seu posicionamento. Portanto, há uma falha ao não direcionar qual é o impacto da constituição abrir espaço para defesa da liberdade de expressão da mídia e abuso dos meios de comunicação.
Uso de "através" de forma inadequada. Uso só é permitido ao falar de espaço físico, por exemplo: consigo ver a árvore através da janela. Nesse caso, opte pelo uso de "por meio de", "por intermédio de" e seus sinônimos.
Comentário geral:
Um parágrafo predominantemente expositivo, somente no último período foi apontado que os profissionais devem apresentar ética e colocar o respeito humano acima do conteúdo, qual a comprovação disso? Tem algum dado que mostre o profissionais colocam como prioridade o conteúdo acima de respeito humano?
Além disso, foi apresentada a problemática da constituição, mas não foi mostrado os motivos de isso ser grave ou não, ou como isso pode ou não evitar abusos.
Ademais, o parágrafo apresenta longos períodos, o que não é recomendado.
No Brasil, um dos órgãos responsáveis pela regulamentação da imprensa é o Observatório da Imprensa, mas assim como muitas outras instituições, para que o seu trabalho seja efetivo, é necessário que a população denuncie e pare de consumir certos tipos de notícia. Estudos como o de Adorno e Horkeimer sobre a indústria cultural nos revelam como os meios de comunicação podem alienar toda uma sociedade, exemplo notório são as reportagens sensacionalistas que têm o poder de deixar seu público em pânico ou até com ódio de certos grupos através da distorção de informações para que uma certa versão dos fatos seja vendida.
Comentários específicos:
Recomendo que no início do segundo parágrafo utilize conectivos como: outrossim, além disso para conectar os parágrafos. Além disso, outra sugestão seria expor o observatório da Imprensa como que pode evitar o abuso de notícias.
Apresenta um bom repertório sociocultural, no entanto, não aprofunda e nem articula com sua opinião, visto que, não deixa claro os motivos de as notícias sensacionalistas impedir de a população denunciar tais notícias.
Comentário geral:
Parágrafos sem conectivos no começo do primeiro e segundo período, o que prejudica a coesão do texto e causa perda de pontos na competência quatro.
Além disso, o parágrafo é predominantemente expositivo, sem aprofundamento da argumentação.
Apresenta, ainda, erros de vírgulas e uso inadequado de através.
Infere-se, portanto, que a liberdade de expressão da imprensa deve ter limites e respeitar os preceitos de vida privada presentes na Constituição. Os meios de impedir que esses limites sejam ultrapassados dependem de uma relação entre os órgãos fiscalizadores e a população, onde esses órgãos tornem-se mais acessíveis às pessoas, seja através de um site ou de um número de telefone onde denúncias de abuso dos meios de comunicação possam ser relatadas. Outro modo seria as redes sociais como o “Facebook” e navegadores como o “Google” também aceitarem denúncias de seus usuários e retirarem essas notícias de circulação de suas plataformas. Só assim, o verdadeiro papel da mídia será preservado: transmitir informações relevantes para a sociedade de maneira imparcial e esclarecedora.
Comentários específicos:
1 PI:
Agente: os órgãos fiscalizadores e a população.
Importante deixar claro quais são esses órgãos.
O quê? órgãos tornem-se mais acessíveis às pessoas
denúncias de abuso dos meios de comunicação possam ser relatadas.
Por meio de: seja através de um site ou de um número de telefone.
Finalidade?
Detalhamento?
2. PI :
Agente : redes sociais como o “Facebook” e navegadores como o “Google”
O que? aceitarem denúncias de seus usuários e retirarem essas notícias de circulação de suas plataformas.
Por meio de ?
Finalidade?
Detalhamento?
Comentário geral: Apresenta retomada da introdução e fechamento de texto, muito bem!
Além disso, apresenta duas proposta de intervenção, no entanto nenhuma das duas contempla todas as funções de uma PI.
Na redação do Enem, é importante ter pelo menos uma proposta completa, a qual possua agente, ação, o meio, a finalidade e detalhamento.
Comentário geral da redação e sugestões:
Texto necessita de ajustes para contemplar todas as funções requeridas pelo Enem. No entanto, a autora já apresenta um bom conhecimento acerca da dissertação argumentativa ao delimitar introdução, desenvolvimento e conclusão. Acredito que com estudo de estrutura com as funções que banca solicita há grandes chances de alcançar altas pontuações.
Sugiro análise de redação nota mil, a fim de aprofundar os conhecimentos da estrutura do texto e compreender como sua argumentação pode ser aprofundada e não se tornar expositiva.
Qualquer dúvida que tiver sobre a correção pode perguntar.
Nota:
Competência 1: 120 pontos
Apresenta erros de vírgula e aplicação inadequada de termos
Competência 2: 120
Pouco aprofundamento e articulação do repertório sociocultural
Competência 3: 120
Argumentos não foram bem articulados em um ponto de vista
Competência 4: 120
Poucos conectivos usados e repetições de palavras
Competência 5: 120
Ausência de algumas funções requeridas pela banca do Enem
Total : 600
Corretora voluntária: Larisse Holanda
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